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  • Foto do escritorValdemir Pires

Onde fica a Escola de Governo Municipal?



Qual o endereço da Escola de Governo Municipal? Onde ela fica?

 

Pode até não existir um prédio específico da Escola de Governo. Mas isso não quer dizer que ela não exista. Nem,  claro, que ela não deva vir a ter, para seu bom funcionamento, se acaso não tiver, instalações, de preferência as melhores possíveis.

 

Por outro lado, um prédio, com placa com seu nome na fachada, não é suficiente para lhe dar efetiva existência.

 

A Escola de Governo de verdade nunca é um prédio, uma caixinha no organograma da prefeitura. Ela não pode ser um espaço, uma coisa: tem que ser um movimento, fazeres, engajamentos.

 

A Escola de Governo tem que ser uma ideia que, encarnada em pessoas, aos poucos e continuamente, as transforma em comunidade de aprendizagem para seu próprio bem, da prefeitura e da cidade. Um conjunto de relações significativas e significadoras mantida entre indivíduos em busca de conhecimentos e habilidades para bem servir o povo da cidade: eis o que dever ser uma Escola de Governo digna do nome. Esteio para um bom governo, governo como patrimônio da sociedade local para zelar pelo seu interesse coletivo.

 

Então, encarná-la em pessoas é a primeira tarefa, o que requer um diálogo franco e aberto entre o governo e a administração/funcionalismo nesta fração do Estado que é a Prefeitura Municipal.

 

Ou seja, a Escola de Governo começa não quando aparece na forma de lei. Também não se inicia com a nomeação de seus diretores. Ela começa quando a mentalidade do aprender a aprender, fazendo e resolvendo problemas da cidade, servindo o povo da cidade, estiver nas mentes, corações e braços dos servidores que se convenceram de que se pode, e se deve, no serviço público, buscar o melhor para a sociedade, na lida quotidiana com a coisa pública, fazendo isso de modo que valorize a si e aos seus fazeres.

 

Claro, as pedras no meio do caminho para se chegar à Escola de Governo, assim concebida, são muitas e não são pequenas. Pode-se justificar a inércia em busca da Escola de Governo pelo fato de existirem obstáculos muito difíceis de transpor – imensas pedras. Ou pode-se, ao invés disso, começar um esforço para remover esses obstáculos: pegar as pedras, quebra-las e talhá-las, para com elas construir o verdadeiro prédio, simbólico, da Escola de Governo. Essa escolha é coletiva e não deste ou daquele indivíduo, isoladamente.

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