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Livro "Imagens do tempo": conheça e adquira

Foto do escritor: Valdemir PiresValdemir Pires

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Prefácio de Zé Pedro Antunes


Mas o que seria um prefácio? Fiquei pensando em qual outra palavra melhor definiria um texto que se antecipa à fruição do leitor e ousa fazer parte do livro que o leitor agora tem em mãos. E cheguei à palavra “soleira”. Pois eu me sinto não adiante do leitor, como quem já leu e já sabe o que o livro diz, ou como um que pretende já estar no domínio do que ele transmite e até já se arvora em adiantar uma chave de leitura, uma possível exegese.


Portanto, aqui estamos, juntos, à soleira de uma obra que se apresenta como resultado de um esforço feito, digamos assim, a céu aberto, em tempos tão difíceis, no imponderável das redes sociais. Calculo em três anos de labor o que aqui se apresenta como uma espécie de súmula, esforço não menos monumental e exigente esse de transformar um imenso caudal neste apanhado de textos breves.


Há algum tempo, conversando com uma amiga atriz e cantora, eu me dizia estupefato com a quantidade de projetos que ela vinha desenvolvendo. E, ao me garantir que muito mais ainda estava em gestação, ela me desafiava: “Siga-me, se for capaz”. E eu não fui. Miseravelmente não fui. Como não fui capaz de acompanhar com a devida atenção o esforço do autor deste livro.


Sim, cheguei a ler uma boa parte dos textos que ele vinha publicando quase que diariamente, e até os reconheço aqui e ali à leitura deste apanhado. De modo que, com esta “síntese” que chega agora à letra impressa, eu me sinto contemplado com a oportunidade de, finalmente, estar à altura das reflexões, denodadas e corajosas, propostas pelo autor.


Detenho-me no capítulo final, onde ele nos diz do seu próprio espanto com a desmesura de suas pretensões e esforços: “Tempo e palavra, juntos, enquanto objetos de reflexão, são como um poço de fundo desconhecido, talvez infinito, com sua natural escuridão, devassada, porém, com frequência, por clarões e relâmpagos que fascinam os que penetram seu mundo, curiosos, temerosos, mas também corajosos. Desvendar o tempo e a palavra, desvendar a inexorável conexão entre tempo e palavra. Imagine-se!”


E é assim que eu leio os breves textos que compõem este livro. E o leitor pode passar ao índice, para saber que eles prometem de fato “clarões e relâmpagos”. Depois vai se deter em cada um deles, certamente tomado de curiosidade, provavelmente assaltado por temores, mas também vai se imbuir de coragem para perscrutar o tempo (em tempos de urgências incontornáveis) e a palavra (em tempos de carências incorrigíveis) como “objetos de reflexão”, penetrar cada vez mais nesse “poço de fundo desconhecido”, que é, afinal, o que nos constitui e confere à nossa dura caminhada o indispensável alento da poesia. O leitor não pode perder de vista que este livro resulta de um projeto de sobrevivência, obra desses três anos de pandemia, que nos obrigaram, como nunca, a contemplar, estatelados, o inexorável passar do tempo e a finitude incontornável.


Errata


Página 22, terceira e quartas linhas: onde se lê "Na Primeira Guerra Mundial (1939-1945)...", leia-se "Na Segunda Guerra"


Página 30, primeira e segunda linhas: onde se lê "chegaram aos bolsos e pulsos dos indivíduos, também primeiro os dos nobres", leia-se "primeiro aos dos nobres"


Página 39: A velocidade da luz não é de 299.792.458 km/s, mas 299.792.458 m/s ou 299.792,458 km/s.


Página 70, 2ª linha do segundo parágrafo: onde se lê "evi4dências", leia-se "evidências"


Página 71, 8ª linha: onde se lê “com os trapos crendice”, leia-se “com os trapos da crendice”


Página 76, 5ª linha: onde se lê “afirma-se que o o tempo não existe”, leia-se “afirma-se que o tempo não existe”


Página 77 – Onde se menciona a Ilha de Somma ou de Sommar, entenda-se Sommarøy


Página. 84, última linha do 2º parágrafo: onde se lê “E é sofrer e gozar o que anda não se desfez, ...”, leia-se “ainda não se desfez”


Página 88, última palavra: onde se lê “uma medida de tempo especializada”, leia-se “espacializada


Página 94, 5ª linha de baixo para cima: onde se lê “marcada pela sequência passado-presente-futuro)", desconsidere-se o parêntese


Página 106, 3º parágrafo: Onde se lê “Quando, viajando a velocidades próximas à da luz, um astronauta vai da Terra a algum ponto do espaço sideral...”, considere-se esta uma hipótese ilustrativa, pois não é possível uma viagem com estas características.



 
 
 

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