(Foto-sÃntese, por Valdemir Pires, a partir de objetos do seu tempo de estudante de Economia)
No relógio as horas são as mesmas para o credor e para o devedor
Mas o credor saboreia o tempo passar: para ele a calculadora é uma fada
Enquanto o devedor vê no tempo seu maior inimigo, o ladrão dos seus trocados:
Para ele a calculadora é uma bruxa
Eu juro: tempo não é dinheiro
Mas o dinheiro - sobrando ou faltando - muda a natureza do tempo
Muda a vida do homem
Muda o mundo
Tudo passa a ser uma questão de fundo: ter ou não ter
É isso, no fundo, no fundo: a sombra que o ter lança sobre o ser