Ouvir o galo cantar e abrir a janela para ver o mundo começando de novo.
Saborear lentamente o café preto e amargo e o pão de queijo quentinhos.
Acariciar a gata que amassa pãozinho e ronrona, até ela não querer mais.
Sentir o cheiro do incenso que queima na sala e perceber que é mirra.
Ler um Borges e, imediatamente a seguir, um Tchekhov. Ou Tchekhov e depois Borges.
Olhar para o céu e reconhecer constelações, à espera de uma estrela cadente.
Ouvir o tique-taque do relógio antigo conversando com o silêncio eterno da madrugada.
Acompanhar o pensamento que vaga, em busca de trilhos nas nuvens, e adormecer.
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